Morreu na noite de ontem, 19 de Fevereiro, Umberto Eco. Escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano. Um marco na Filosofia e Literatura da segunda metade do século XX.
Conhecido por obras como “O Nome da Rosa”(it: Il Nome della Rosa), de 1980, e “O Pêndulo de Foucault”, 1988, Umberto Eco se tornou um dos mais citados filósofos e intelectuais dos últimos 50 anos. Inovador ao olhar para trás, Eco foi o pilar fundamental da Semiologia e de uma revivência da estética medieval, muito conhecida por “O Nome da Rosa”, um romance policial ambientado em um mosteiro franciscano no século XIV.
Não se limitando à literatura ficcional, Eco ficou famoso também por ensaios filosóficos, como “Obra Aberta”, de 1962, e “Apocalípticos e Integrados”, 1964, ambos tratando de Estética, um dos grandes campos da Filosofia.
Campo este, que marcaria significativamente a atuação de Eco nesta disciplina. Por exemplo, em “Obra Aberta”, Eco combate a ideia de que uma obra é final segundo a palavra do artista e inova ao afirmar que uma criação artística não é de interpretação única.
Enquanto isso, em “Apocalípticos e Integrados”, Eco uniu a Semiótica à Estética em uma análise da Cultura de Massas através da interpretação do Super-Homem, o personagem da editora estadunidense de quadrinhos, DC Comics. Talvez uma herança de sua rápida interação com a Escola de Frankfurt.
Mas, como o pilar da Semiologia que foi, Eco se manteve fiel às Comunicações. Mostrando-se fiel à ideia hegeliana da religiosidade do jornal e da noticia, mostrou-se afoito à superficialidade dos meios de comunicação contemporâneos e suas fugacidades particulares.
Eco sofria de câncer e faleceu às 22h30 de ontem, 19 de Fevereiro, como confirmou sua família. A Redação do Il Popolo exprime aqui seus pêsames pela perda deste grande italiano.
Leonardo Bórgia, Editor-Chefe