OBITUÁRIO: Umberto Eco

  Morreu na noite de ontem, 19 de Fevereiro, Umberto Eco. Escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano. Um marco na Filosofia e Literatura da segunda metade do século XX.

  Conhecido por obras como “O Nome da Rosa”(it: Il Nome della Rosa), de 1980, e “O Pêndulo de Foucault”, 1988, Umberto Eco se tornou um dos mais citados filósofos e intelectuais dos últimos 50 anos. Inovador ao olhar para trás, Eco foi o pilar fundamental da Semiologia e de uma revivência da estética medieval, muito conhecida por “O Nome da Rosa”, um romance policial ambientado em um mosteiro franciscano no século XIV.

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Umberto Eco(1932-2016), um símbolo da intelectualidade e cultura da Itália contemporânea.

  Não se limitando à literatura ficcional, Eco ficou famoso também por ensaios filosóficos, como “Obra Aberta”, de 1962, e “Apocalípticos e Integrados”, 1964, ambos tratando de Estética, um dos grandes campos da Filosofia.

   Campo este, que marcaria significativamente a atuação de Eco nesta disciplina. Por exemplo, em “Obra Aberta”, Eco combate a ideia de que uma obra é final segundo a palavra do artista e inova ao afirmar que uma criação artística não é de interpretação única.

  Enquanto isso, em “Apocalípticos e Integrados”, Eco uniu a Semiótica à Estética em uma análise da Cultura de Massas através da interpretação do Super-Homem, o personagem da editora estadunidense de quadrinhos, DC Comics. Talvez uma herança de sua rápida interação com a Escola de Frankfurt.

   Mas, como o pilar da Semiologia que foi, Eco se manteve fiel às Comunicações. Mostrando-se fiel à ideia hegeliana da religiosidade do jornal e da noticia, mostrou-se afoito à superficialidade dos meios de comunicação contemporâneos e suas fugacidades particulares.

      Eco sofria de câncer e faleceu às 22h30 de ontem, 19 de Fevereiro, como confirmou sua família. A Redação do Il Popolo exprime aqui seus pêsames pela perda deste grande italiano.

Leonardo Bórgia, Editor-Chefe

OBITUÁRIO: Umberto Eco

OPINIÃO:A Ideologia e o Programa Político no Micronacionalismo

      Ao longo da história, os povos se agitaram e se acalmaram, lutaram e fizeram a paz, se uniram e se separaram, sempre ao revés das grandes ideias. As grandes ideias, ou ideias poderosas é como podem ser chamadas aqueles conceitos que movem as massas — as religiões, as filosofias, e mais recentemente, as ideologias, como podem ser chamadas.

      Não é, ou pelo menos não deveria, ser possível de modo algum simular uma Nação, que não esteja volúvel às ideias poderosas. Assim, deveríamos colocar nossos olhares sobre os programas dos partidos italianos, o Partito Nazionalista del Popolo Italiano e o Nuova Democrazia. Saibam, leitores, que neste momento, a redação não toma parcialidade, e essa crítica é dirigida à ambos.

      Em análise ainda superficial, pode-se dizer que os partidos italianos carecem de um programa claro e definido, que una o seus membros para algum ideal maior que a chance de participar da política. Ainda, caros leitores, que seja muito belo ver essa disposição dos Ilustríssimos Cidadãos, pode-se questionar qual é o norte dos mesmos.

      Quando se toma um momento para respirar, e pensar sobretudo, à respeito da situação italiana, esperamos mudar de ideia. No entanto, não é o que acontece. A política italiana está na superficialidade. A superficialidade, caríssimos leitores, o que haveria de ser? Bem, na política do Macromundo, é superficial a ambição desmedida dos “catch-all parties”, ou “big tents” — muito famosos mundo a fora. No entanto, quando se fala em Micronacionalismo, a superficialidade está em não só o partido reunir as mais diversas correntes de pensamento, como também todos os partidos se agruparem SEM correntes de pensamento.

        Deixem-me explicar. De que vale a agremiação partidária, quando não se distinguem projetos, programas ou ideias entre os partidos? De nada! Nesse caso, haveria uma maior liberdade do individuo-cidadão no caso de candidatura independente, não? Se nos agrupamos, é por compartilhamento de ideias. Somos todos micronacionalistas aqui, por que todos nós nos interessamos por este hobby. É uma ideia.

           Seria sábio para toda a Micro Itália, se nós realmente politizássemos a nossa política, pois ainda que todos, de ambos o PNPI e o ND, desejemos ver a Itália progredir, essas indecisões e coleguismos com rusgas ensaiadas não ajudam o país. A discussão real faria toda a Micronação entrar em movimento dialético. Tese mais Antítese, formam Síntese.

            Por que não aceitar os benefícios do debate?

Leonardo C. R. Bórgia, Editor-chefe

OPINIÃO:A Ideologia e o Programa Político no Micronacionalismo

Il Popolo

  O “Il Popolo” é um jornal — alguns poderiam, sem dúvida chamar de folhetim, folheto, santinho, lixo, ou papel em branco, estariam dentro do direito deles, e não muito errados — do Reino Micronacional da Itália, fundado por iniciativa do súdito Leonardo C. R. Bórgia aos 22 dias de Janeiro de 2016, para comentar eventos recentes, contribuir no desenvolvimento cultural micro-italiano através da publicação, e propiciar um mais enérgico e vivo debate político no cenário nacional.

  Assim sendo, o Il Popolo se compromete à todas as circunstâncias, gerar uma discussão — sabe o ditado, perde-se o amigo, mas não a piada? A nossa redação pode acabar exagerando, infelizmente.

  Então, caro leitor, esperamos poder satisfazer, na medida do possível, os vossos gostos e apetites jornalísticos e literários, daqui em diante.

    Alla prossima!

Leonardo C. R. Bórgia, Editor-Chefe.

 

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